Startups: Tenha advisors

Você e sua equipe podem ter os diplomas de graduação e pós-graduação mais impressionantes que existem, podem ser auto-ditadas de primeira linha e extremamente inteligentes, mas uma coisa é certa: sempre haverá alguém mais capaz e experiente que você. Assim como eu sugeri que você tenha um sócio co-fundador, eu também sugiro que você tenha uma dessas pessoas mais experientes como seus advisors, para auxiliar no seu desenvolvimento e da sua startup.

Advisors: quem pode ser um?

Qualquer pessoa pode ser seu advisor, claro que existem características que você deve buscar que contribuam de alguma maneira para a sua evolução e da sua empresa. Ele pode ser um investidor que investiu na sua empresa. Pode ser um amigo, que comprovadamente tenha bastante experiência no seu segmento de atuação. Pode ser uma pessoa que possa lhe abrir portas e lhe dar insides sobre um segmento do seu mercado. Enfim, as possibilidades são infinitas, o importante é você utilizar o bom senso e ter certeza absoluta que essa pessoa poderá contribuir para sua empresa no médio prazo, pelo menos 12 à 24 meses.

Expectativa

É comum que o advisor seja alguém de extrema experiência e com grandes responsabilidades, por isso é fundamental, que antes de fechar o acordo, você alinhe as suas expectativas. Defina o que você espera, com qual frequência terá reuniões, calls e trocas de emails. Se a sua startup estiver no começo, é provável que a frequência de reuniões seja maior, talvez a cada 15 ou 30 dias. Se o seu business estiver no modo on-going, pode ser algo mais longo, já vi empresas com reuniões trimestrais.

A sua startup, na escala de importância do seu advisor, certamente estará nas piores posições. Não é uma pessoa que terá total disponibilidade para sua startup, nem deve, e você precisa saber respeitar isso. Saber respeitar significa se planejar, marcar os compromissos com antecedência e não importunar com informações inúteis e do dia-a-dia.

Papel do advisor

O papel do advisor é muito diferente de alguém que está no dia-a-dia da empresa. Sua participação se limita a analisar métricas, auxiliar em decisões estratégicas, assuntos importantes e tirar suas dúvidas. Ele está ali para ser questionado e você está ali para fazer perguntas (inteligentes), e aplicar as sugestões.

Não queira trazer o advisor para o dia-a-dia da empresa, copiando em emails sem importância e falando sobre assuntos que você e sua equipe deveriam estar se preocupando, não ele. Também não queira que um advisor comece a se intrometer no dia-a-dia. Ambas situações acontecem sem você perceber, é sempre importante se questionar se aquilo é realmente importante e deve ser compartilhado ou discutido.

Participação do advisor

Algumas vezes um investidor se torna advisor, porque ele gostaria de participar das decisões estratégicas da empresa e ver qual rumo está tomando. Essa é uma das melhores formas de trazer um advisor para a mesa. Ao invés de gastar, você recebe, prova maior de compromisso e interesse, não existe.

Outra muito comum é você convidar alguém e em troca dos conselhos, você da um percentual de participação na sua startup. Esse percentual vai depender do tamanho da sua empresa, do momento que você convidar, qual valor ele vai trazer e quanto tempo ele vai permanecer.

Tente sempre fazer uma projeção de quanto o percentual oferecido significaria em dinheiro após o prazo mínimo de permanência do advisor. Empresas com potencial de receita maior, oferecem em torno de 0.25%, caso a sua startup ainda tenha muitas incertezas, você pode oferecer mais, chegando até 3%.

Mais do que isso, eu colocaria um ponto de alerta e pensaria muito bem se vale a pena. Normalmente quem está totalmente perdido e não tem para onde ir, vale, se não é o seu caso, pense bem, pode não valer.

É muito comum que as empresas reservem até 10% para membros do board e advisors. Minha sugestão é que você utilize isso ao seu favor e não se comprometa com um percentual muito grande, seja justo.

Sugiro que você faça o convite para advisors ao longo do desenvolvimento da sua startup e não ao mesmo tempo. As coisas devem acontecer naturalmente e em cada estágio da sua empresa você terá pessoas especificas que poderão lhe auxiliar mais. De tempo ao tempo e embarque as pessoas certas, na hora certa.

Não esqueça de formalizar essa relação, consulte um bom advogado para orientá-lo, é fundamental que você coloque um vesting (falarei sobre isso no próximo artigo), e que você se preocupe com propriedade intelectual.

Observe esses pontos que eu mencionei, para isso não virar um terror na sua vida. Tenho certeza que fazendo as coisas corretamente, será um recurso muito importante para sua startup. Não tem aquele velho ditado que se conselho fosse bom a gente vendia? Neste caso, conselho bom pode ser vendido, aproveite!

Startups: Como dividir as ações com sócios fundadores

Avançando no tema startups, hoje falarei sobre como você deve dividir as ações da sua empresa com os sócios fundadores. Nesta fase, você já decidiu que vai abrir uma empresa, já selecionou a ideia, já escolheu os sócios e está avançando na execução.

Aborde o tema de divisão de ações desde o início

Minha primeira recomendação é: Não deixe para resolver o assunto de divisão de ações depois. Se você fizer isso, eu garanto, você já tem um problema reservado para o futuro, e acredite, ele pode ser bem grande.

Divisão de ações tem que ser um assunto extremamente claro com todos os envolvidos, é bom estressar este assunto, até que todos tenham suas dúvidas tiradas. Depois coloque no papel, envie um email, enfim, formalize.

Como dividir a sociedade? Simples, da forma mais justa possível. Eu já comentei isso antes, é triste, mas é a pura realidade. Se você começar a se dedicar full time na sua startup e seus sócios também, você passará mais tempo com eles do que com sua família.

Se você quer que esta sociedade de certo e a startup também, seja justo. Se você resolver ser ganancioso e mais esperto que os outros, no longo prazo isso não se sustenta, a sociedade terminará e consequentemente a empresa também. Já vi sociedades terminarem inúmeras vezes por causa disso.

No dia em que você convoca uma reunião com seus sócios, para discutir o tema divisão da sociedade, alguns fatores podem parecer importantes, mas no longo prazo, eles tendem a não ter tanta importância, e é exatamente aí que nascem os problemas de sociedade.

Quando vocês tem somente uma ideia, ela pode parecer algo importante, afinal, vocês não tem nada e a única coisa que comoveu o grupo, foi uma excelente ideia, onde todos gostaram e resolveram ir a diante e executar.

Uma ideia por si só, pra quem não executou absolutamente nada, pode parecer algo grande. Depois de cinco anos de execução da empresa, a ideia deixa de ser tão importante e muito provavelmente, a ideia original já foi totalmente modificada, assim como o modelo de negócio e muitos outros detalhes. Então as perguntas comuns são:

  • Eu que tive a ideia, devo ter mais ações por isso?
  • Tenho mais experiência, devo ter mais ações por isso?
  • Tenho mais contatos, devo ter mais ações por isso?

A resposta é NÃO.

Nada disso deve ser fator de aumento de ações. Todos estão no mesmo barco e no fim das contas o que vai valer é como a empresa será executada, se a empresa tiver sucesso, não será por causa de uma ideia, ou por causa da experiência de um indivíduo. Será pelo conjunto equipe vs. execução.

Divida a sociedade igualmente com seus sócios.

No longo prazo, isso é sustentável, ninguém será o dono da verdade e nos momentos de problemas, todos precisarão dar o braço a torcer em algum momento. Tudo isso em nome de uma boa relação, boa amizade e sucesso da empresa. Você continua com seu amigo e a empresa continuará firme e forte.

Quem não deve participar da divisão meio a meio?

Quem não assumir risco. Se todos estiverem assumindo exatamente os mesmos riscos, a divisão deve ser exatamente a mesma.

Por exemplo, se todos os sócios menos um largaram seus empregos para se dedicarem full time. Este um, não está assumindo tanto risco quanto os outros sócios. Se a empresa quebrar, não fará a menor diferença para ele. Agora, se a empresa der certo, também não é justo que ele tenha a mesma participação que os outros sócios tem.

Outra situação muito comum, sempre que houver uma situação onde alguém precisa investir mais dinheiro que o outro, ou, por ventura, algum sócio pode se sustentar sozinho sem receber salário. Ou ele trás algum bem importante para empresa, como um imóvel, um domínio, uma plataforma. Nunca resolva isso com ações da empresa, resolva isso com uma dívida financeira. Quem deu algum recurso para empresa, deve ter um documento que formalize que esta pessoa deverá receber X nas condições XYZ.

Uma palavra chave em todo este tema é: risco. Quem assume mais risco, deve ter mais. Consequentemente, quem assume menos risco, tem menos.

Não imponha o que você acha que deve ser feito, pergunte aos seus sócios as expectativas deles, formalize o dia-a-dia, recursos financeiros, diluição, dedicação, etc. Seja justo e garanta o futuro da sua empresa.

Nos próximos artigos, falarei de vários outros pontos muito importantes que devem ser cuidados na definição de uma empresa, como vesting, vesting schedule, achievements, IP (intellectual property), dilution, etc.

Startups: Minha ideia é boa?

Avançando nos posts semanais sobre startups, finalmente deixamos a parte mais conceitual e seguimos para colocar a mão na massa. Vamos falar sobre como saber se você tem uma boa ideia de negócio!

Você leu todos os posts anteriores e chegou a conclusão que realmente está pronto e preparado para abrir sua startup, surge a pergunta: Qual o primeiro passo?

O primeiro passo é se concentrar no desenvolvimento de uma ideia. No artigo passado em que falei sobre o valor das suas ideias para sua startup, mencionei que uma ideia vale quase nada, mas nesta fase, seu valor muda de figura e ela começa a ter pesos para serem confrontados e lhe auxiliar a decidir qual delas é mais interessante.

Como saber se a sua ideia é boa

Não existe uma fórmula mágica para definir se uma ideia é boa ou não, mas existem diversas características que você deve se preocupar, que irão classificar suas ideias e servir como apoio para decidir qual executar.

Seu ramo de especialidade

É muito comum que as pessoas pensem em fazer algo diferente do que elas realmente tem experiência. Noto que muitos desses casos, é parte de uma fuga, por estarem tão cansados do dia-a-dia como empregado, que pensam em empreender, mas desde que não tenha relação com a rotina atual.

Não cometa essa erro. Desenvolva ideias na sua área de especialidade. Não queira inventar um foguete, se você não entende nada de foguetes. Ou um sistema operacional, se você não entende nada de sistemas operacionais. Faça o que você já sabe fazer e tem experiência, dessa forma você minimiza os riscos e aumenta as chances de ter sucesso.

Baixo investimento

Ter ideias que exigem um custo de implementação alto é fácil, não precisa ser gênio. Deixe isso para os grandes, que tem mais experiência e dinheiro. Você tem outra realidade, precisa se concentrar em negócios que tenham investimento quase zero. Mesmo que você esteja em um segmento que exija capital, acredite, sempre existe uma forma mais barata de executar um negócio.

Escalabilidade

Qual é o tamanho do mercado que você irá trabalhar? Uma vez que você encontre o modelo para crescer, até que ponto será possível escalar sua empresa? Quanto maior a possibilidade de escalonamento, mais interessante o negócio fica. É bom ter isso muito claro antes de decidir qual ideia você desenvolverá, porque se o seu mercado for muito verticalizado e segmentado, pode ser que não tenha público suficiente para o sucesso. Minimize os riscos e priorize os negócios que sejam escaláveis.

Viabilidade financeira

Saiba claramente como fazer a formação de preços do seu produto ou serviço, entenda qual sua margem, impostos, custos fixos e variáveis envolvidos. Não é necessário se aprofundar nesta fase, o importante é detectar prematuramente ideias com erros básicos. Que tenham margens muito baixas, ou produtos/serviços que ficarão com preços incompatíveis com o segmento ou pouco competitivos.

Competidores

Se você vai entrar num mercado competitivo, é fundamental ter um mapa de todos os concorrentes, e acima de tudo, saiba como irá se diferenciar do restante. Onde está seu valor? Porque as pessoas enxergarão que você é mais interessante que os atuais concorrentes? Não existe certo ou errado aqui, confrontando as ideias você conseguirá identificar qual tem maior chances de ganhar market share.

Riscos

Todo negócio tem risco. Quais são os riscos do seu? Você é dependente de algum fornecedor? De algum cliente? De alguma plataforma? Algum concorrente para se preocupar? Variação do câmbio? São infinitas as possibilidades, liste os riscos das suas ideias e leve em consideração antes de avançar.

Conclusão

Pense. Pense. Pense. Depois coloque tudo no papel, defina valores para cada um dos tópicos mencionados acima, crie novos se fizer sentido, e por fim, faça uma classificação por prioridade, para finalmente chegar a uma conclusão e selecionar a sua ideia.

O próximo passo chama-se validação da ideia. Selecione amigos ou pessoas estratégicas, que tenham conhecimento do segmento que você pretende entrar, de preferencia neste momento, pessoas de confiança. Apresente a ideia, conte todos os detalhes e veja qual a reação da pessoa. Repita isso com diversas pessoas distintas, até você estar convencido de que vale a pena ir a diante e executar. Ou caso a reação seja negativa, assumir que não foi uma boa ideia e desenvolver uma outra.

Neste artigo eu não quis misturar com as considerações da parte de execução, estas eu falarei mais pra frente, em artigos exclusivos, focados em execução.

Na sua opinião, quais outros cuidados um empreendedor deve ter ao selecionar sua ideia? Deixe um comentário.

Startups: O que é uma startup?

Há seis semanas tenho escrito exclusivamente sobre startups e algumas pessoas ainda me perguntam:

“O que significa startup?”

Resolvi que antes de avançar no tema, falarei sobre isso. Possivelmente você tem uma startup e talvez não saiba. Se você se interessa por startups, tem ou pretende abrir uma, você deveria receber os posts e participar das discussões semanalmente. Se você ainda não recebe, sugiro que se cadastre para receber por email aqui, ou se preferir por rss aqui.

O que são startups e o que o termo realmente significa?

O termo ficou famoso durante a primeira grande bolha da internet (dot-com bubble), nos Estados Unidos, entre 1995 e 2000. Significava uma ou mais pessoas, executando uma ideia, para possivelmente se tornar uma empresa rentável.

O número de startups criadas nesta época que receberam investimentos foi fora do comum. Pouco tempo depois, muitas dessas startups quebraram e o dinheiro investido foi para o ralo. Por outro lado, muitas pessoas ganharam uma quantidade absurda de dinheiro em pouquíssimo tempo. Isso chamou a atenção do mundo e desde então o termo startup nunca mais deixou de ser utilizado.

Muitas startups tentam ser significativas a ponto de mudar o mundo. Para atingir este objetivo, é necessário muito investimento – financeiro. Diversas empresas que hoje conhecemos (IBM, Cisco, HP, Microsoft, entre outras) que já foram uma startup um dia, se não tivessem recebido investimentos, talvez hoje não existissem.

Dada tamanha importância desses investimentos, os investidores, Angels e VCs, tem um papel vital para o ecossistema de startups. Por este motivo, o peso de sua influência no termo startup é gigante e muitos deles são adeptos da seguinte definição:

“Uma startup é uma organização formada para encontrar um modelo de negócio repetível e escalável”

Em outras palavras e trazendo um pouco para a nossa realidade. Uma startup é uma empresa recém criada, de qualquer ramo ou área.

As startups nascem de ideias de empreendedores, que acreditam poder fazer um produto ou serviço significativo e rentável. Durante o processo de desenvolvimento dessa ideia, define-se um modelo de negócio.

Absolutamente todas essas definições iniciais, são suposições, tanto que em muitas startups essas suposições provam-se falsas no meio do caminho e novas suposições são feitas.

Essa inclusive é uma das características mais fortes e importantes de uma startup, afinal, é importante que o empreendedor entenda e assuma que tudo são chutes, que precisam ser testados e validados, e caso o chute esteja errado, rapidamente mude para testar e validar novas suposições.

Quando fala-se de modelo de negócio, trata-se de entender de forma clara e objetiva, como a empresa cria valor para os clientes. Qual sua estratégia, operação e modelo econômico.

Quando fala-se de repetível e escalável, estamos falando que, após encontrar o modelo acima, ele deverá ser passível de repetição e escalonamento. Afinal, de nada adiantaria você encontrar um modelo que só funcionaria para um pequeno grupo de pessoas, certamente isso seria um modelo falho com passagem marcada para o insucesso.

Quando o modelo encontrado for repetível e escalável, bastaria então acelerar as aquisições de clientes para a empresa crescer. Resumindo, os investidores poderiam, na teoria, jogar um caminhão de dinheiro nesta startup, que ela rapidamente cresceria e traria ótimos resultados.

Você tem uma startup? Que tal nos contar sobre ela deixando um comentário?

Startups: Quanto vale uma ideia?

Quase uma década atrás, li um livro sobre a história da internet no Brasil, onde muita gente ganhou dinheiro fácil e a ideia de que seria assim pra sempre estava na cabeça de todo mundo. Havia uma foto de um cidadão, com um copo de whisky (cheio) na mão, certamente em uma festa, com um largo sorriso no rosto e uma placa pendurada no pescoço que dizia:

“Compro boas ideias para internet, pago R$10.000,00”

Mas logo a lição veio e as pessoas caíram na real. A vida não é um conto de fadas e ninguém compra ideias, sabe por quê?

Uma ideia mal executada não vale nada

É incrível como a grande maioria das pessoas pensa exatamente o contrário. Todo mundo já teve grandes e maravilhosas ideias, e elas não deram em coisa alguma, sabe por quê? Porque elas não foram bem executadas.

Uma ideia só começa a criar valor quando ela é executada. A partir desse momento, ela deixa de ser algo abstrato e passa a ser algo que existe no mundo real. Como estamos falando de startups, executando uma ideia, você pode transformá-la em uma startup. Quanto melhor for a execução, maior valor a startup terá.

A partir desse momento, o que faz a diferença é o principal fator para uma startup vingar. Pessoas. Um excelente time, experiente, bem motivado, organizado e com as ferramentas certas, faz toda diferença.

Se você entregar uma excelente ideia, a um excelente time, sua ideia possivelmente será um sucesso. Agora tente entregar essa mesma ideia a um time medíocre, insucesso garantido. Qualquer ser pensante tem ideias, o que faz a grande diferença chama-se execução.

Teve uma época na internet mundial, onde fazer um buscador de sites era uma febre tão grande, como hoje é criar um site de compras coletivas. Hoje quando nasce um site de compra coletiva, tudo mundo pensa: Coitado, não tem ideia do que está fazendo. Naquele época, vieram dois coitados, Larry Page e Sergey Brin, e apresentaram um novo site de buscas. A grande diferença, é que eles executaram aquela ideia tão batida, melhor que todos os maiores players do mercado. Em poucos anos dominaram o mercado de buscas no mundo.

Ainda não acredita? Vamos aos números…

Todos os anos, centenas de milhares de americanos perseguem o sonho de ser dono da sua própria empresa. Centenas de milhares de lâmpadas são acesas e surgem fabulosas e infalíveis ideias, que consequentemente se tornam empresas formais. Todos esses gênios empreendedores ficam ricos e vivem felizes para sempre. Bem, não é exatamente assim. Simplesmente 90% dessas centenas de milhares de empresas, morrem logo no primeiro ano.

Note que não estou falando mais de ideias, estou falando de startups, de empreendedores que tiveram ideias, pensaram, rabiscaram e decidiram apostar tudo e executar. Estou falando de investimentos, funcionários, escritórios, e tudo mais que pode ser necessário para uma determinada startup vingar.

Os números dizem: Se você abrir uma startup, sua chance de sucesso é mínima.

Deixe de se apegar tanto a ideia e foque em fazer acontecer. Não tenha medo de compartilha-la com os mais próximos. Na fase onde nada foi feito, é importante entender a percepção das pessoas e discutir os obstáculos do período de execução. Afinal, você não quer perder seu tempo, trabalhando em uma ideia onde a maioria das pessoas não enxerga valor, não né?

Se apegar a uma ideia nos dias de hoje é tão ridículo, que a maioria dos VCs (Venture Capitalists), não recebem mais empreendedores que antes de iniciar uma conversa, exigem um NDA (Non-disclosure agreement) assinado. VCs não investem em ideias, investem no que foi feito, no time, e no potencial.

Pare de viver no mundo das ideias, vamos suar a camisa?