Diagrama de Ishikawa: entenda os princípios da Espinha de Peixe

Conhecido popularmente como espinha de peixe, o Diagrama de Ishikawa (diagrama de causa e efeito) surgiu na década de 1940, sendo desenvolvido por Kaoru Ishikawa como uma ferramenta para identificar problemas no processo de produção de um produto. Já muitas décadas depois, a espinha de peixe ainda é uma das ferramentas mais utilizadas por empresas no mundo todo! Seu uso não se limita apenas às linhas de produção industrial, e pode te ajudar a entender sua startup de acordo com a análise dos processos utilizados para alcançar os objetivos desejados.

O Diagrama de Ishikawa identifica possíveis causas para os problemas ou efeitos, em seu processo de produção. Você pode usar a espinha de peixe na sua startup para entender os fatores que determinam os resultados que você deseja obter, e para analisar as causas de problemas a serem evitados.

A espinha de peixe tem sua divisão baseada em causas primárias, que podem ser elas, os 6 M’s, ou 4 P’s, entre outras. Onde podemos identificar as causas dos problemas analisando o todo. São esses dois tipos de causas primárias:

6 M’s

  • Método: Da forma de execução do trabalho, de processos incorretos ou aplicados indevidamente.
  • Material: Toda causa proveniente do material usado, na matéria-prima.
  • Máquina: Causa que envolva a máquina, como ajustes incorretos ou defeitos mecânicos e elétricos.
  • Meio Ambiente: Além dos fatores climáticos, agrega também situações políticas e de mercado que podem causar problemas.
  • Medição: Avaliações feitas de forma incorreta e levantamento de dados impreciso.
  • Mão de obra: Toda causa que envolva a ação de um colaborador.

4 P’s

Os 4p’s são as causas primárias mais indicadas para efeitos de gestão, sendo: Políticas, procedimentos, pessoal e planta. A partir dessas causas primárias definimos as subcausas do efeito.

Aplicando o Diagrama de Ishikawa em sua startup

Para montar seu diagrama primeiramente você deve definir o problema a ser analisado, ou o resultado esperado. Trace uma linha horizontal e escreva o resultado esperado no fim desta linha. Analise todo o processo necessário até o resultado final; analise como, e, por quem o processo ou cada etapa dele é desenvolvido.

Para identificar as causas precisa-se, de um bom brainstorming, levantando as possíveis razões a serem discutidas e analisadas. Organize as informações obtidas nas reuniões de brainstorming, se possível documente-as, para uma futura analise de evolução. Com as informações das possíveis causas definidas, defina as causas primárias.

Mantenha a hierarquia das causas, eliminando informações que não sejam relevantes à análise das causas.

Agora você já pode visualizar os fatores mais importantes que influenciam no resultado desejado por sua startup.

Pontos positivos da Espinha de Peixe para sua startup

Com as reuniões de brainstorming, todos sentirão que são importantes no processo de solução do problema, todos os envolvidos podem ter uma visão diferente do processo e poderão propor soluções que sejam mais eficazes e inovadoras. Essas discussões das causas ajudam a melhorar a comunicação na startup e nos grupos de trabalho. Entendendo as causas dos efeitos você poderá visualizar as melhores ações a serem tomadas.

Você é o chefe ou o líder no seu trabalho?

Todo empreendedor que obteve um mínimo de sucesso e viu o seu negócio evoluir passou pela situação de selecionar, empregar e coordenar uma equipe de colaboradores. Se você se identifica com essa situação, com certeza ouviu os termos “chefiar” e “liderar” com relativa frequência, afinal, é esse o nível de relacionamento que você tem ou teria com essas pessoas. Mas você sabe qual a diferença entre os dois termos? E, melhor ainda, sabe qual dos dois — chefe ou líder — você é?

O chefe e o líder

Gerir uma equipe de colaboradores no sentido de metas e objetivos comuns não é nada fácil, e uma das primeiras lições a serem tomadas nesse processo é a de que chefe e líder são coisas bem distintas. A figura do chefe todo-poderoso, durão e mandão é bastante arcaica e tem por base o estímulo via coação moral e monetária. O líder, por sua vez, é figura central do “novo” modo de gerir pessoas, leva seu grupo a um status não só de otimização do processo e da produção, mas de autoconhecimento profundo.

No atual contexto econômico, quase não há mais espaço de crescimento para empresas que praticam a “chefia pura”, uma vez que o dinamismo inerente às equipes que possuem líderes capazes é necessário para que elas atendam a demandas de mercado, cada vez mais necessitado de cabeças pensantes que resolvam os problemas. E o combustível de tudo isso se resume em uma palavra mágica: motivação.

Liderar é sinônimo de motivar a equipe

O líder de uma equipe ou de uma empresa trabalha a motivação das pessoas, em diversas frentes e aspectos. Uma máxima que corre o meio corporativo e que ilustra muito bem essa situação é: “enquanto um chefe diz vá, um líder diz vamos lá?”. O líder, assim, se incorpora ao corpo da equipe, chamando para si os mesmos desafios e enfrentando as mesmas dificuldades dos colaboradores, deixando-os motivados e estimulados a desempenhar um trabalho de qualidade.

Esse trabalho do líder de motivar as pessoas acontece de forma tanto direta quanto indireta, por meio de ferramentas simples, mas muito eficazes. Bons exemplos são o estímulo ao crescimento pessoal, ao conhecimento de si e da área na qual atua, e o mais importante: se torna amigo e confidente das pessoas com quem trabalha e convive, ajudando-os a transpor dificuldades profissionais e ensinando-os a trabalhar sempre melhor.

Chefiar versus liderar

A diferença entre chefiar e liderar reside sobre aspectos bastante significativos no cotidiano de uma empresa, e também pode ser resumida em dez assertivas que comparam o comportamento de ambos:

  • Chefes inspiram medo, líderes inspiram entusiasmo;
  • Chefes sabem como as coisas são feitas, líderes mostram como as coisas são feitas;
  • O chefe critica; líderes ensinam;
  • O chefe demonstra orgulho, a pessoa que lidera demonstra humildade;
  • O chefe diz “eu”, os líders dizem “nós”;
  • O chefe cobra que se chegue no horário, o líder chega antes de todos;
  • O chefe conduz pessoas, o líder as orienta;
  • O chefe usa autoridade, os líderes usam empatia;
  • O chefe aponta culpados por um problema, o líder e sua equipe buscam resolver o problema;
  • O chefe ordena, o líder ouve e pede;

Matriz BCG: Gestão de portfólio de produtos

Você sabe quais as prioridades do seu portfólio de serviços e produtos? Conheça a matriz BCG e entenda os benefícios que ela pode trazer para o seu negócio!

Para definir melhor as ações da empresa a fim de melhorar a participação no mercado é necessário entender as particularidades de cada produto/serviço, identificando o retorno que geram para a empresa, ou que ainda possam gerar.

A matriz BCG foi desenvolvida em 1970 para a empresa americana Boston Consulting Group, com o objetivo de mapear o portfólio, com base no ciclo de vida do produto. Ajudando você a tomar as melhores decisões a respeito do foco dos negócios e, principalmente, de seus investimentos.

Entendendo a estrutura da matriz BCG

A matriz BCG é dividida em quatro quadrantes, onde dividimos nossos produtos entre: estrela, vaca leiteira, em questionamento e abacaxi. A matriz é composta por um eixo vertical correspondente à taxa de crescimento no mercado, e um eixo horizontal, que corresponde à participação no mercado.

A estrela do seu portfólio

O quadrante estrela representa o produto com boa participação de mercado (market share) e potencialmente uma alta taxa de crescimento, advindo de uma industria em expansão. Definindo nosso produto estrela, sabemos que ele precisa de maiores investimentos por ter um melhor desemprenho comparado aos outros. A atenção a esse item deve ser maior, levando em consideração o ciclo de vida do produto, a entrada de novos concorrentes, entre outros fatores que possam fazer com que a taxa de crescimento e a participação no mercado sejam insatisfatórios.

Vaca leiteira da empresa

Neste quadrante entram os produtos com bom market share, mas seu crescimento no mercado é negativo ou estável. Este não precisa de muito investimento, pelo tamanho do seu market share, apesar do seu crescimento estar estagnado. A tendência é que os produtos do quadrante estrela migrem para este quadrante após certo tempo de vida. Para tirar maior proveito da sua participação no mercado sua empresa deve criar ações que retenham os clientes interessados (baixo churn), mantendo a qualidade e desempenho sempre satisfatórios.

O produto em questionamento

Os produtos em questionamento são aqueles que possuem a taxa de crescimento positiva, mas a sua participação no mercado ainda é insatisfatória. Esses trazem a incerteza do sucesso. Por essa potencialidade de crescimento a sua empresa precisa fazer constantes investimentos; em pesquisas para sustentar a possibilidade de desenvolvimento do produto; investimentos em um melhor desempenho e também na sua divulgação. Esse produto está em uma fase que as pessoas precisam conhecê-lo, para indicar e fidelizar, gerando lucro. Após essa fase de consolidação no mercado, o produto tem como tendência a migração para o quadrante estrela.

Encontrando o Abacaxi do seu portfólio

Os produtos do quadrante abacaxi são aqueles que tem uma taxa crescimento negativa e baixo market share. Ou seja, são os não-lucrativos para a sua empresa, e geralmente a melhor decisão a se tomar é excluir esse produto do seu portfólio e encerrar esse serviço. Se esse item trouxer um declínio na lucratividade, mas, ainda assim, você perceber que pode tirar algum lucro dele então, explore o máximo possível, mas não faça novos investimentos, pois visivelmente o produto está na fase final do seu ciclo de vida.

Fica a dica!

Observe todos os seus produtos/serviços separadamente. É visível a rotatividade deles na matriz BCG de acordo com a fase em que ele se encontra no seu ciclo de vida. Após definir em que fase o seu produto está questione se ainda é rentável investir dele, e como investir para ele se tornar mais rentável, sem ignorar os concorrentes que influenciam no tempo de vida do seu produto. A matriz BCG vai orientar a sua empresa como se posicionar no mercado e investir de forma apropriada, adequando ao seu objetivo de rentabilidade a longo prazo.

Matriz de Ansoff: Desenhando sua estratégia de negócio

Um dos fatores mais importantes para o sucesso de uma startup ou de qualquer outro negócio é a análise estratégica do mercado. Igor Ansoff, professor e consultor russo, desenvolveu, em 1965, uma ferramenta de análise e de definição dos problemas estratégicos: a Matriz de Ansoff. Vamos entender como ela pode auxiliar a sua startup!

Explorando a matriz de Ansoff

A matriz de produtos e mercados de Ansoff tem como foco principal mostrar a expansão de produtos e mercados visando criar oportunidades de crescimento para as empresas. Você pode usar essa matriz no momento em que estiver mapeando o portfólio da sua startup. Neste momento, você vai analisar a receita criada pelos produtos existentes, e vai compará-la com a receita que a sua startup pretende alcançar. A matriz permite estruturar e definir a estratégia para esse crescimento.

A matriz de Ansoff é um quadrante composto por duas dimensões: produtos e mercados. Do lado direito encontram-se os produtos novos; e do esquerdo, os existentes. Essa combinação forma quatro estratégias para o crescimento e o desenvolvimento da empresa. Essas estratégias são: o desenvolvimento do mercado, a penetração no mercado, a diversificação e o desenvolvimento do produto.

A definição desse quadro mostra em qual mercado sua startup deseja atuar.

Desenvolvimento do mercado

No desenvolvimento de mercado, a empresa deseja vender seus produtos existentes em um mercado novo. Essa estratégia de desenvolvimento de mercado deve analisar os mercados parecidos com o seu, e pensar na expansão de seus negócios. Essa expansão deve analisar alguns fatores como localização geográfica e idade.

Imagine uma loja de camisas on-line que vende apenas em um estado. Ela pode expandir suas vendas para outras unidades federativas, incluindo outros serviços de entrega. Se o público-alvo dessa loja for homens de uma determinada faixa etária, ela pode aumentar esse público ao incluir outras idades.

Penetração de mercado

A penetração de mercado visa vender os produtos existentes em um mercado existente, ou seja, pretende-se desenvolver uma estratégia para aumentar sua presença onde ela já atua. Essa estratégia pode ser feita por meio de liquidações, fidelização de clientes, promoções, entre outras ações.

Diversificação

A diversificação é uma estratégia que objetiva criar produtos, para atuar em novos mercados. Essa estratégia busca a inovação que inevitavelmente proporciona riscos, pois a empresa está entrando em um campo desconhecido. Logo, não tem muito como fugir desse fator. Criar uma estratégia para crescer e desenvolver nesse mercado é inerente a uma startup na maioria das vezes.

Desenvolvimento do produto

Essa estratégia sugere o desenvolvimento de novos produtos em mercados existentes. Isso pode ser feito por meio de aperfeiçoamento do produto e de melhorias tecnológicas. Um bom exemplo é a ação de empresas de refrigerantes que incluem em seu MIX de sucos e refrigerantes, versões diet e light.

Sua startup e a matriz de Ansoff

Agora que você já sabe quais são as particularidades de cada estratégia de crescimento de mercado e/ou produto da matriz de Ansoff, você pode aplicá-las na sua startup. Defina em qual mercado sua startup atua, e como ela deseja atuar e aproveite toda a potencialidade que as estratégias tem a oferecer.

Sua startup navega em um oceano azul ou vermelho?

Imagine um lugar onde todos lutam por um espaço, sempre imaginando novas estratégias para superar o outro. Como todos estão lutando por esse mesmo espaço, de forma voraz, permanecem atracados nesse local. Isso é o oceano vermelho. Agora imagine um lugar onde você se movimenta a sua maneira, sem pensar na disputa de espaço. Esse é o oceano azul.

Esses conceitos foram formulados por W. Chan Kim e Renée Mauborgne que propõem a criação de serviços e produtos com redução de custos, e ampliação da proposta de valor. Sabe como eles influênciam sua startup?

Oceano vermelho

No oceano vermelho encontramos muitas empresas parecidas que competem no mesmo nicho que muitas vezes está saturado. Essa saturação restringe a lucratividade e envolve as empresas em um ciclo sem fim de criar estratégias para competirem com as concorrentes.

Oceano azul

No oceano azul, você cria seu próprio mercado, dita seus preços, e atua apenas observando o concorrente de longe. As empresas do oceano vermelho competem pelos mesmos clientes. No azul você explora novos clientes e cativa os antigos. Isso aumenta a lucratividade e as suas possibilidades.

Não é fácil imaginar esse oceano azul, e fica mais difícil ainda de imaginar o fato de tornar os concorrentes irrelevantes, mas com alguns exemplos bem conhecidos, essa ideia fica tão clara quanto as águas do oceano azul.

Starbucks

Quem poderia dizer que uma cafeteria estaria em um oceano azul? A Starbucks se tornou a maior cafeteria do mundo, e ela não precisou eliminar os concorrentes para atingir tal posição. Quando a Starbucks atuava em um mercado totalmente concorrido, ela reformulou sua essência, e transformou o fato de beber café em um estilo de vida. Nesse cenário, a cafeteria ganhou um espaço social com musica, wi-fi, introduziu novos produtos a sua linha, criando assim, o seu mercado de valor, totalmente azul. Outros dois exemplos:

Beats a startup bilionária

Esse é um exemplo de startup que em apenas oito anos se tornou um negócio bilionário. Tudo começou com a insatisfação de um dos fundadores da startup Dr. Dre com a má qualidade dos fones de ouvido. O mercado estava saturado de fones de ouvidos pequenos, então fizeram uma aposta nos grandes, os chamados headphones, que não eram populares na época.

Eles investiram no design diferenciado do produto que se tornou dobrável para para facilitar o manuseio. Em vez de um nome técnico, um simples foi usado para nomear o produto cuja publicidade foi feita por cantores de rap americanos. Isso criou um ar cool em torno da marca.

A Beats foi comprada pela Apple no inicio deste ano, e se tornou uma negócio estratégico. Ajuda hoje a reforçar o lado “cool” da Apple.

E sua startup?

Agora fica fácil dizer em qual oceano está navegando a sua Startup. Se ela estiver no oceano azul, parabéns, mas, se estiver navegando em um oceano vermelho, ainda da tempo de mudar o rumo.