Quem tem uma startup sabe que as dúvidas e preocupações são muitas, e que não devem em nada para as de uma pequena empresa comum. Dentre todos os itens importantes que devemos prestar atenção, o financeiro tem lugar especial, pois é um dos pilares centrais que ajudam o empreendimento a iniciar e evoluir. Quando, então, seria necessário contratar um contador para dar conta do recado?
A resposta: assim que possível. A necessidade não ocorre somente porque a contabilidade em uma empresa é um instrumento legal obrigatório, mas principalmente porque se trata de um setor altamente estratégico, que pode ajudar a gerir o negócio de forma global. Ou seja, além de cuidar do dia a dia financeiro da empresa, a contabilidade funcionaria como um poderoso instrumento que ajudaria em diagnósticos de mercado e tomadas de decisões importantes para o bom funcionamento e evolução do empreendimento. É por isso que contratar um contador cedo é importantíssimo para a sua empresa.
Inteligência financeira
Em primeira instância e em linhas bastante gerais, o papel do profissional de contabilidade dentro de uma empresa é cuidar dos números: quanto entra, quanto sai, quanto é investido e quanto há de retorno, além de fazer um planejamento gerencial de impostos e tributos que cabem à pessoa jurídica. Nesse contexto, algumas perguntas podem (e devem!) ser feitas, caracterizando assim uma análise mais profunda e uma verdadeira inteligência de negócios: onde está sendo investido? Os investimentos estão sendo feitos nos lugares corretos?
Esse tipo de reflexão é totalmente estratégica e pode ajudar muito no posicionamento da empresa frente às situações de mercado enfrentadas. Com os dados fornecidos por um contador, podemos saber, por exemplo, se os custos da empresa estão concentrados na produção, quando a demanda por investimentos em outros setores, como vendas, se fazem mais urgentes e pertinentes naquele momento. Esse tipo de análise do desempenho e posicionamento da empresa pode ser feito pelo gestor em conjunto com o contador.
Tudo isso é muito importante dentro de uma empresa, e mais ainda dentro de uma startup, que tem por característica se desenvolver em um ambiente cheio de incertezas e movimentos arriscados por parte dos gestores e investidores. Então, é fundamental que se tenha periodicamente esse “retrato” contábil do empreendimento, que serve tanto para planejamento de ações quanto como termômetro de como anda a situação do capital da empresa.
Como contratar um contador? E quem contratar?
O departamento financeiro de sua startup pode ser comandado por uma pessoa, o contador, ou por uma empresa especializada que terceiriza esse tipo de serviço. No caso de empregar um profissional, é importante que seja uma pessoa com perfil dinâmico, que possua bom conhecimento de mercado e de legislação, além de ser de bastante confiança. Além disso, o contador deve estar totalmente imerso no contexto do empreendimento e buscar sempre se atualizar e buscar conhecimentos na área.
Se você já tem uma startup ou pequena empresa, com certeza já deve ter se deparado com todas essas questões. Se sim, compartilhe nos comentários e enriqueça as discussões sobre o assunto!
Eu penso diferente do autor. No meu caso particular como
empreendedor de uma empresa pontocom (divulgarei em breve o link), eu havia
contratado um profissional de contabilidade para legitimar o Contrato Social
por mim redigido, e, igualmente efetuar o registro da empresa junto a
prefeitura local (CNPJ). Após esse processo, eu contratei o profissional para
que pudesse fazer o controle dos gastos/despesas, tais como os investimentos de
ordem pré-operacional os quais tive de assumir. Entretanto, após alguns meses, diversos
imprevistos e sobressaltos na concepção do negócio esvaziaram o meu caixa
inicial, obtido mediante investimento familiar. Portanto, tive de suspender
temporariamente os serviços contábeis, afim de preservar recursos econômicos na
conta da empresa a medida em que buscava mais capital, já que naquela etapa
ainda não estávamos funcionando. Concluindo, o meu ponto de vista é o seguinte:
Somente contrate um contador, quando a sua empresa já estiver faturando ($$$).
Não recomendo assumir compromissos profissionais antes que a iniciativa esteja
se monetizando através das vendas de produtos/serviços. O trabalho do contador
é importante, evidentemente, porém, indispensável é tornar a empresa geradora
de capital. Na minha experiência, verifiquei que o empreendedor não deve se
concentrar, nos estágios iniciais, em pensar nos departamentos futuros que sua empresa haverá de ter.
No início, não há complexidade e excesso de operações financeiras a ponto de
demandar a contratação do contador. O foco primordial do empreendedor consiste
em botar a coisa em pé e vender o seu produto. Todo o restante dever ser
pensado e planejado a partir desse fato já consumado.
Pedro G.J. Loos
Eu penso diferente do autor. No meu caso particular como
empreendedor de uma empresa pontocom (divulgarei em breve o link), eu havia contratado um profissional de contabilidade para legitimar o Contrato Social por mim redigido, e, igualmente efetuar o registro da empresa junto a prefeitura local (CNPJ). Após esse processo, eu contratei o profissional para que pudesse fazer o controle dos gastos/despesas, tais como os investimentos de
ordem pré-operacional os quais tive de assumir. Entretanto, após alguns meses, diversos imprevistos e sobressaltos na concepção do negócio esvaziaram o meu caixa inicial, obtido mediante investimento familiar. Portanto, tive de suspender temporariamente os serviços contábeis, afim de preservar recursos econômicos na
conta da empresa a medida em que buscava mais capital, já que naquela etapa ainda não estávamos funcionando. Concluindo, o meu ponto de vista é o seguinte: Somente contrate um contador, quando a sua empresa já estiver faturando ($$$).
Não recomendo assumir compromissos profissionais antes que a iniciativa esteja se monetizando através das vendas de produtos/serviços. O trabalho do contador é importante, evidentemente, porém, indispensável é tornar a empresa geradora
de capital. Na minha experiência, verifiquei que o empreendedor não deve se concentrar em pensar nos departamentos futuros que sua empresa haverá de ter. No início não há complexidade e excesso de operações financeiras a ponto de demandar a contratação do contador. O foco primordial do empreendedor consiste em botar a coisa em pé e vender o seu produto. Todo o restante dever ser pensado e planejado a partir desse fato já consumado.
Bom, acho que tanto o Marcelo quando o Pedro possuem pontos de vista válidos.
A minha sugestão é um modelo híbrido. Para empresas iniciantes uma parceria com um profissional contábil pode ser um caminho – já presencei casos em que o empreendedor fornecer uma parte da empresa para este início problemática do qual Pedro pontuou.
É preciso criatividade e muita persistência 🙂
Parabéns pelo trabalho Marcelo.
Caros, entendo a situação inicial de uma pequena empresa em controlar gastos, principalmente antes da mesma estar em atividade.
Como profissional contábil a 9 anos, aconselho nesse caso contratar uma empresa terceirizada de contabilidade.
Primeiramente: muitas delas trabalham com formas diferenciadas de cobrança para empresas que estejam em stand-by.
Segundo: desde a abertura da empresa (CNPJ), a mesma tem obrigações acessórias (declarações) mensais, que a falta de um profissional conhecedor das regras, podem acarretar cobranças futuras, o que não estará no escopo da empresa.
Por fim, como cita a matéria, o contador pode e tem capacidade de trabalhar em parceria com os investidores/proprietários da empresa, na estratégia financeira. Principalmente quando os contratantes “abrem” as informações e situações financeiras apresentadas pela empresa.
Ednardo
Caros, entendo a situação inicial de uma pequena empresa em controlar gastos, principalmente antes da mesma estar em atividade.
Como profissional contábil a 9 anos, aconselho nesse caso contratar uma empresa terceirizada de contabilidade.
Primeiramente: muitas delas trabalham com formas diferenciadas de cobrança para empresas que estejam em stand-by. Seriam as “parcerias” citadas pelo Felipe Souza.
Segundo: desde a abertura da empresa (CNPJ), a mesma tem obrigações acessórias (declarações) mensais, que a falta de um profissional conhecedor das regras, podem acarretar cobranças futuras, o que não estará no escopo da empresa.
Por fim, como cita a matéria, o contador pode e tem capacidade de trabalhar em parceria com os investidores/proprietários da empresa, na estratégia financeira. Principalmente quando os contratantes “abrem” as informações e situações financeiras apresentadas pela empresa.
Ednardo